Minha experiência: bootcamp Java com Spring Boot da Dio e Claro

introdução

Descobri por acaso o Bootcamp Java com Spring Boot organizado pela Dio e Claro e resolvi fazer por dois motivos:

  1. Gosto de programar e conhecer uma linguagem nova de programação é tipo um hobby
  2. Java é uma linguagem bastante usada e com oportunidades de mercado interessantes

Após concluir o bootcamp resolvi escrever minhas impressões sobre o curso.

sobre o objetivo do curso

Na página de apresentação do curso aparece qual é o perfil do público destinado o curso e o objetivo dele:

“Profissionais que desejam entrar ou evoluir suas práticas no mercado como desenvolvedor back-end construindo e implementando APIs com Java e Spring, com foco em arquitetura de microsserviços que destacam o portfólio.”

“Se prepare para as oportunidades que estão por vir e tenha sucesso nas entrevistas de recrutamento.”

Pelo texto eu entendi que o público alvo é tanto pessoas que não são desenvolvedores profissionais e querem se tornar, quanto pessoas que já trabalham com desenvolvimento e querem se preparar.

Para quem está tentando entrar na área, o curso deve ser entendido como um complemento de estudos que precisam ser mais amplos. O estudante que começa esse bootcamp achando que vai ser o suficiente para um conhecimento básico para tentar entrevistas de emprego ficará frustrado. Penso que ele vai precisar de outros cursos para estar apto a essa busca.

Para quem já trabalha com programação, meu caso, o curso é bom para conhecer uma nova linguagem e framework. Não acho que um desenvolvedor júnior ou pleno fazendo o curso se sentirá pronto para o próximo nível de carreira, mas com certeza ajuda nessa bagagem.

sobre o curso e minha experiência

Eu não conhecia nada de Java e trabalhei pouco com orientação a objeto até o momento. Então o curso foi ótimo para conhecer a sintaxe da linguagem, framework, pacotes, recursos, etc.

Ainda não me sinto pronto para liderar um projeto em Java, mas posso colaborar em equipe e, com mais experiência, dominar a linguagem.

Achei que o curso ajudou bem a melhorar noções de orientação a objeto já que Java é muito baseado nisso. Tenho mais experiência com Golang que não segue esse paradigma, porém considero importante entender mais sobre.

O curso mescla alguns vídeos gravados mais recentes com outros mais antigos. Embora não seja um problema grave, achei curioso que um bootcamp focado em Spring Boot utilizasse Java 8, já que a versão mínima do Spring Initializr é a 17. Essa diferença gerou alguns desafios de compatibilidade ao configurar o projeto, mas também foi uma ótima oportunidade de aprendizado.

Os professores são bons e a plataforma de aula também é boa. Sempre cabe espaço para melhorar, mas não senti que me atrapalhou em nada. O bootcamp conta com mentorias que são aulas ou conversas com experts, acontecem ao vivo, mas ficam gravadas também. Não assisti todas, mas ouvir a experiência de gente programando ou liderando times na vida real é sempre legal. Ter esses momentos é sempre positivo para mim.

O curso tem alguns projetos para fazer e colocar no portfólio. Não são projetos complexos e muito elaborados que vão chamar muita atenção se você já atua como desenvolvedor, entretanto, para quem está tentando entrar na área, é sempre importante ter esses projetos para treinar e mostrar.

sobre meu aprendizado

Acredito que o que eu tinha para falar do bootcamp em si eu já falei antes. Então agora é sobre o que eu aprendi.

Para meus objetivos pessoais de aprender uma nova linguagem como hobby e possibilitar oportunidades de trabalho, fiquei satisfeito.

Sobre o quesito hobby, achei uma linguagem chata por ser muito verbosa mesmo com as facilidades do Spring Boot e Stream API. Além disso, o Spring Boot é um framework que usa muito de decoradores e abstrações e isso deixa as coisas meio “mágicas” no código, realmente pode trazer produtividade, mas por vezes eu tinha dificuldade de ler o código e saber exatamente o que estava acontecendo. Pessoalmente, não a escolheria como minha primeira opção para um novo projeto.

Sobre o quesito profissional, entendo linguagens de programação como uma ferramenta de trabalho, não acho correto me limitar a uma outra linguagem para trabalhar. Com o conhecimento adquirido no bootcamp, acredito que posso me comunicar e colaborar em projetos Java Spring Boot, mesmo que inicialmente precise me aprofundar nas abstrações do framework. Com prática, minha contribuição será cada vez mais significativa.